a luz da manhã entrava
pelo quarto
enchendo-o duma serena
meia claridade,
la de fora,vinham
perfumes quentes e fortes
no bafo carinhoso da
primavera.
Junto a janela crescia
uma roseira
insubmissa,toda cheia
de cachos
de rosas pequeninas.
O dia rompia sereno,
o vento era brando
e nuvens azuladas
sombreavam o jardim
que abrigava pardais
que cantavam por toda
a manhã.
O sol que mal nascia
pintava
os vidros de minha
janela
como se fossem pedras
preciosas,rutilantes.
Tanta Paz aqui.
Eu respirava o ar
fresco da manhã
com cheiro de
manjericão e alecrim.
Ouvindo os passarinhos.
Havia tanta luz,que as
abelhas
embebedaram-se todas
era
um zunir lá pelo ares
que
dava alegria na gente.
Vi passar duas
borboletas brancas
uma atrás da outra,e
pelas ervas
andavam gafanhotos aos
saltos.
Eu pensava muita coisa
junta.
Cantarolava baixinho.
E ali passei,nem sei quanto tempo.
Creio que amanhã
inteira...
vera portella
vera portella