Seguidores

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DIVERTIMENTO DE UM TEMPO PASSADO de Mario Osny Rosa



Num tempo bem distante do que vivemos hoje nestes tempos modernos em que os meninos de uma localidade não tinham muitos divertimentos, tudo pela carência de material para fazer brinquedo para divertir as petizadas de muitas cidades por onde tinha passado em sua vida.
Somente o idealismo do pai do Silveirinha, que resolvia arranjar algum divertimento para as crianças da localidade em que passava um período de sua vida militar.
Silveirinha tinha uma plêiade de amigos entre alunos da escola que estudava, e mais os meninos da vila militar que morava, naquela cidade tinha um belo capão de mato e lá tinha muitos tipos de passarinhos.
O pai de Silveirinha pensou e fazer um torneio de meninos caçadores de passarinhos, pois o mesmo era um habilidoso fabricante de estilingues, pois fazias os estilingues para seu filho, mas para este torneio tinha que fazer um levantamento de quantos estilingues teria que fazer para realizar aquela competição esportiva.
Depois da pesquisa chegou à conclusão de que a competição teria cindo competidores, para que, todos os grupos ficassem em área diferente daquele parque, tudo para evitar qualquer tipo de acidente entre eles, e o evento ter pleno sucesso.
Depois de conseguir todo o material num final de semana preparou todos os estilingues, assim como Silveirinha convocou seus amigos para fazerem as pelotas para serem usada naquele evento, que seria realizado num sábado, pois o domingo seria reservado para um almoço com os troféus daquela caçada e no final do almoço seria homenageado o caçador do maior passarinho, com um troféu, como o caçador do maior número de aves abatidas e o caçador do menor passarinho, que não podia ser um beija-flor, e nem uma curuíra.
Marcado o sábado do torneio da caçada de passarinhos sobre o controle do pai de Silveirinha organizador de tal evento estariam todos os presentes na vila militar, local marcado para a saída dos meninos caçadores para o bosque da cidade.
O pai do Silveirinha depois de formar as cinco equipes e demarcar a área de cada uma delas seguiu com as mesmas até o bosque, pois ficaria fiscalizando as mesmas na parte externa do bosque, pois o tempo de caçada seria de cinco horas a partir da entrada na área da referida caçada.
Cada caçador recebeu seu estilingue e cem pelotas para a referida caçada, as pelotas eram levadas uma bolsa a tiracolo que foram entregues no momento da partida da vila militar, que dali sairia como fosse um pelotão de soldados, com ordem unida e tudo, numa verdadeira disciplina militar.
Quando o grupo chegou ao parque o pai do Silveirinha colocou cada equipe em seu território de caçada com todas as recomendações estabelecidas anteriormente e quando ele apitasse começaria a caçada.
Com três silvos de seu apito abriu a temporada de disputa daquele torneio o cronometro marcava nove horas da manhã e o tempo terminaria a quatorze horas em ponto, quando todos os caçadores estariam de volta no ponto da partida e ali apresentariam cada um seus troféus da caçada e a classificação dos vitoriosos daquele certame.
O pai do Silveirinha tinha elaborado uma planilha para o registro do certame com relação à quantidade de pássaros de cada concorrente.
O caçador Silveirinha encabeçava a turma, seus troféus: 10 sábias laranjeira; 5 juritis; 7 rolinhas marrom; 3 rolinha brancas; e 6 tico ticos e 1 saracura, num total de 32 passarinhos. O caçador Nene que era conhecedor profundo daquele parque apresentou seus troféus: 1 uru; 12 sábias laranjeira; 4 juritis; 10 rolinhas branca; 5 tico ticos; e 1 inhambu, num total 33 passarinhos caçados. Ney outro menino caçador de passarinhos conhecia bem o reduto da caçada e apresentou os seus troféus: 5 sábias laranjeiras; 3 juritis; 4 rolinhas branca; 2 rolinhas marrom, 3 tico-ticos; 2 sanhaçu; e, 1 pinta silva, num total de 20 passarinhos abatidos. O caçador Airton o menor da equipe apresentou seus troféus: 2 sábias laranjeiras; 5 rolinhas juritis; 1 saracura e 2 bem-tevi, num total 10 passarinhos caçados. E por último temos o caçador Juquinha um colega de aula do Silveirinha também pequeno mais entusiasta da caçada, apresentou seus troféus: 5 sábias laranjeiras; 3 rolinhas marrom; 2 rolinhas branca; 3 tico-tico e 1sabia do peito branco, num total de 14 passarinhos abatidos durante a caçada.
O pai do Silveirinha anotou em sua planilha todos os dados colhidos durante a contagem que chegou ao total de: de 105 aves abatidas durante a competição, logo todos retornaram a vila militar para limpar os passarinhos e depois serem salgados e no domingo seriam preparados para o almoço no domingo na casa do pai do Silveirinha, que será assunto para outro conto.










RAIZES


Campos verdejantes, gado pastando,la no fundo os pinheirais.Uma alameda linda nos conduz ate a casa enorme e simples. A direita, o lindo açude com seus marrecos,patos e gansos,num balet invejavel. A esquerda,quem eu vejo,O pingo de ouro ,atento,levantando as orelhas e se esfregando,como se me chamando a atenção. Apressada,quase a correr entro casa a dentro. Nossa, que saudades! O cheiro de pão fresco e quente,cuca com farofa de canela e uvas, vindo da enorme cosinha, invade a casa inteira. Chego mais perto, e vejo minha mãe , ja velhinha , com seu lenço azul na cabeça, coando um cafe cheiroso em seu bule, esmaltado de branco e rosinhas vermelhas. Quando me ve, esboça aquele sorriso somente dela, franco e caloroso, com cheiro de mãe. Envolve me num abraço gostoso,inigualavel, cheio de amor. Curiosa ,pergunto pelos outros, e ela, sorrindo, aponta para o galpão aos fundos da casa. E ja começo a ouvir o som da viola e as cantorias. Aproximo me. Ninguem fala nada, apenas começam a tocar minha canção preferida. Envolvo me na canção,choro baixinho e saio devagar. Monto meu pingo de ouro e galopo, sem ter noção do tempo,por aqueles campos onde fui tão feliz, um dia.Finalmente, volto, amarro pingo de ouro no esteio,dou lhe uma palmada carinhosa nas ancas, e falo com certeza. Aqui e meu lugar! Como se me entendesse,arranha o chão com os cascos e relincha sem parar,e, novamente, volto a ouvir o toque da viola, e percebo que todos estão la
a me esperar. Neste momento, tenho a certeza de que vim para ficar !!


vera portella